12 de novembro de 2007

# MADAME V.

"As aventuras amorosas de Mr R"


Madame V.

Há tempos não vou ao Súbita e quem diria, foi em um encontro casual que a encontrei novamente. Estava a caminho do Jóquei, iria gastar uma pequena quantia em um páreo que viria a inflacionar minha conta bancaria. Vê-la fez com que desejos adormecidos despertassem com a volúpia de um vulcão que entra em erupção ... de alguém que acaba de descobri o orgasmo. Fazem três do nosso primeiro encontro e seus traços ainda eram os mesmo, o tempo deixou de agir para V e mesmo sendo uma comparação tosca e muita usada em folhetins, poderia afirmar que assim como os vinhos o tempo só fez bem a ela. Seus cabelos ainda vermelhos, rosto de menina, curvas acentuadas. Pensei que não mais a desejaria, até aquele momento.

- Olá!
- Oi.
- V, se não me falhe a memória.
- Isso.
- Não sabia do seu interesse por cavalos.
- Convivo com um.
- Te procurei por algum tempo. Você sumiu!
- Foi necessário.
- Não consigo me compreender.
- Por quê?
- Poderia ter qualquer mulher, mas por muito só desejei você.
- E não deseja mais?
- Pensava que não!
- E o que pensa agora?
- Que te quero nua!
- Direto gosto disso!
- Vai gostar muito mais, quando ficar comigo.

Nossa primeira batalha estava sendo travada ali naquele momento, olhos atentos, palavras pensadas, respostas displicentes, uma sentença errada e tudo poderiam acabar. Estava estimulado a continuar, mas quando pensava em desestruturá-la, suas respostas secas e diretas, me desnorteavam, mas o que fazer aquele não seria nosso ultimo encontro sairia de lá somente quando tivesse essa certeza.

Ela me olhou da cabeça aos pés como se procurasse algo. Senti seus dedos descendo pelos meus braços. Meu corpo estremeceu, o arrepio da minha pele era visível. Com a palma da mão aberta ela deslizou sobre meu púbis. Minha calça já denunciava a ereção latente, ela sorriu maldosamente.

- Homens!
- ã?
- Não tenho interesse em dissertar sobre o cio masculino.
- O que?
- Vou indo.
- Não, não sem falar sobre o nosso próximo encontro.
- Que encontro?
- O encontro que você me deve desde que correu de mim na boate.
- Ah! Você esta dizendo d’eu me entregar a você.
- Acho que...
- Quem sabe?
- Eu sei! Te quero e vou te ter!
- Nem pense em me beijar, como já fez outras vezes. Olhe para os lados, todos são meus amigos, ou melhor, amigos do meu marido e você poderia não voltar pra casa hoje.
- Não tenho medo.
- Deveria. Não do meu marido. Por que nesse suposto encontro eu posso te matar.
- Morreria feliz.
- Não duvide, sua morte seria lenta e demorada. Riria da sua cara de dor gostosamente.
- Hipoteticamente falando esse encontro aconteceria?
- Talvez, uma sexta qualquer, próximo as 19h00.
- E...
- Sim meu marido é um homem muito ocupado, com certeza estará trabalhando. Tenho minhas obrigações, jamais poderia chegar depois das 23 em casa,
- Uma pena, ser algo hipotético. Tenho uma suíte discreta no Hotel X.
- Realmente uma pena, conheço tal hotel, não teria problemas em estar lá em alguma sexta.
- Garanto que não faltarão oportunidades, devemos ter pelo menos 30 sextas feiras por ano.
- Mas não posso te encontrar essa sexta feira, sou uma mulher fiel.
- Chato! Só porque estarei hospedado nessa sexta feira no hotel que me referi.
- Preciso conversar com uma amiga. Prazer em revê-lo
- Uma boa tarde.

-Ah! Tem certeza que poderia ter a mulher que quisesse? Duvido!

2 comentários:

Unknown disse...

sai da moitaaaaaa... se não quer usar... mas a moita meio que persegue também, não?

tá ficando boa a história...

beijo, mr. R

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkk..Adorei mulher de atitude...rsrsrsr...Misteriosa...Adoro joguinhos....hehehehhe..Bjs